04/03/2016
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial que reúne empresas, associações empresariais e organizações da sociedade civil, da qual o IDS faz parte, divulgou posicionamento reforçando a importância de o Brasil sancionar o Acordo de Paris, em cerimônia que será realizada na ONU, em abril. Em dezembro de 2015, quase 200 nações aprovaram um acordo internacional histórico durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conter o aumento da temperatura global em menos de 2ºC e aumentar o esforço para descarbonizar suas economias até o final do século.
O Acordo entrará em vigor 30 dias após a data em que pelo menos 55 países-membro da Convenção (chamados de Partes), que representam estimados 55% do total das emissões de gases de efeito estufa, tenham depositado os seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão, de acordo com a UNFCCC.
Confira o posicionamento na íntegra:
"Em menos de dois meses, no dia 22 de abril, o Brasil deve participar de uma cerimônia convocada pela ONU, em Nova York (EUA), para que as nações do mundo assinem o Acordo de Paris. Assim, os países dão início ao processo de ratificação das metas assumidas na Conferência do Clima (COP 21), em dezembro de 2015.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que representa diversos setores da sociedade engajados nos desafios das mudanças climáticas, espera que o governo brasileiro ratifique o Acordo de Paris o mais breve possível. Ao fazer isso, o país demonstrará mais uma vez sua capacidade de protagonismo mundial, como ocorrido durante as negociações de Paris. O Acordo entra efetivamente em vigor quando mais de 55 países, que somem pelo menos 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, tiverem completado o processo de ratificação.
Assinar e ratificar o Acordo significa não apenas que o Brasil está comprometido com a redução de emissões de gases de efeito estufa, mas que está decidido a direcionar seu desenvolvimento rumo a um novo modelo, mais inclusivo, competitivo e sustentável. A proposta brasileira é considerada pela Coalizão Brasil uma agenda estratégica e uma oportunidade econômica para o país que trará mudanças reais e positivas do ponto de vista social, econômico e ambiental.
O Governo deve estabelecer um processo de diálogo amplo com a sociedade sobre esta agenda, uma vez que o cumprimento das metas nacionais para o clima depende do engajamento e mobilização de todos os setores. A Coalizão já vem trabalhando em estratégias para alcançar essas metas, em especial nas áreas de agricultura, bioenergia e florestas, e acredita que as metas são factíveis e permitem transformar as vantagens comparativas do país em vantagens competitivas."
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