Soluções inovadoras para um futuro sustentável são tema de seminário do GT da Agenda 2030 promovido em parceria com o IDS

09/08/2019

Sabemos que o Brasil enfrenta diversos desafios quando o assunto é o desenvolvimento sustentável. Problemas como desigualdade social e de gênero, a falta de saneamento básico ainda para muitos brasileiros e brasileiras e os altos índices de violência são entraves para muitas comunidades. Mas sabemos que é na adversidade que surgem as soluções para os problemas mais complexos, por isso, o GT para Agenda 2030 e o IDS reuniram em São Paulo no último dia 08 de agosto soluções inovadoras para problemas locais no I Seminário de Soluções Inovadoras.

“São essas propostas que nos permitem enxergar para além dos problemas e imaginar um novo futuro possível. Não é fácil ver o horizonte quando estamos nos afogando. Alterar o modelo de produção e desenvolvimento vigente para um modelo de desenvolvimento sustentável exige um esforço coletivo e coordenado entre os diferentes setores da nossa sociedade e o objetivo desse encontro é justamente unir em um único lugar investidores e os criadores das soluções para que esses projetos possam se expandir e alcançar mais pessoas”, afirma Carolina Mattar, coordenadora do IDS.

Ao todo, foram selecionados 10 projetos de diferentes regiões do Brasil que tivessem em suas propostas, entre outras características, o beneficiamento de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e, em especial, o protagonismo de mulheres. Caso, por exemplo, do “Costurando vidas – capacitação em costura, bordado e artesanato sustentável para mulheres em vulnerabilidade social”, de Itabira (MG), do “Arquitetas em Casa”, de Ilha do Maranhão, Região Metropolitana de São Luís (MA), do “Mãostiqueiras”, da cidade de São José dos Campos (SP) e do “Centro de Referência Indígena Ikolen e Karo”, no município de Ji-Paraná (RO).

Para este Seminário foram selecionados também duas soluções para a agricultura e com abrangência mais ampla, o “Circuitos de Comercialização Agroecológica – Fortalecimento da Agricultura Familiar Agroecológica”, que funciona hoje em seis estados da Rede Ecovida (SP, MG, BA, SC, RS e PR) e o “Redes de Produção Agroecológica Solidária”, do Território do Baixo Tocantins, no Pará.

Soluções de grande destaque também foram as que envolviam questões de água e abastecimento, como o “Sistema Rac/Saf”, em operação no semiárido pernambucano, o “Aqualuz”, que atende cidades nos estados da Bahia, Ceará, Alagoas e Pernambuco, o “Plantando Jardins Filtrantes e Água Boa” do bairro Caputera, limite entre os municípios de Cotia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na grande São Paulo e, por fim, mas não menos importante, a “Teia da Sustentabilidade”, de Icapuí (CE).

A escolha das soluções aconteceu através de um processo de curadoria proposto e coordenado pelo IDS e que contou com a participação de sete especialistas, cinco deles representantes de organizações integrantes do GT da Agenda 2030 (IDS, Gestos, Casa Fluminense, Plan International Brasil e REBRAPD) e dois representantes de organizações de fora do grupo (Bemtevi Negócios Sociais e Instituto C&A).

O seminário aconteceu na quinta-feira (8/08), no B_arco Centro Cultural, e contou ainda com um painel que reuniu Juliana Mitkiewicz, professora de Design em Contextos Sociais no Insper; Eduardo Pedote, sócio da Bemtevi – Investimento Social; Viviana Santiago, gerente de Gênero e Incidência Política da Plan International Brasil; e Claudio Fernandes, assessor de Economia Política da Gestos, como debatedores do tema “Inovação e desenvolvimento no contexto da Agenda 2030”. A mediação foi de Ricardo Young, presidente do IDS.  

Acesse a publicação e conheça todos os projetos selecionados para o 1º Seminário de Soluções Inovadoras.

Com informações do GT da Agenda 2030.

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