22/03/2017
O mais abrangente e detalhado estudo sobre os sete mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo revela que 575 mil hectares, o equivalente a 24% de sua área total, necessitam de ações de restauração ambiental. Outros 646 mil hectares (27%) são cobertos por vegetação nativa e deveriam ser objeto de uma estratégia de conservação. Essas iniciativas são fundamentais para a preservação da capacidade desses mananciais e para a segurança hídrica da maior cidade da América Latina, evitando a repetição da crise vivida no período 2014/2015.
Realizado pelo IDS e pelo Laboratório de Geoprocessamento da Poli-USP, o estudo “Mananciais paulistas como prioridade na agenda pública: identificação de áreas críticas e recomendações de intervenção” apresenta dados que podem contribuir para o planejamento, para o ordenamento territorial e para ações de melhoria dos sistemas de abastecimento da metrópole paulista.
As estimativas apontam que essas ações de restauração e conservação ambiental custariam em torno de R$ 1,4 bilhão a R$ 2,4 bilhões. Um volume de investimento que, em um primeiro momento, impressiona. Mas é importante lembrar que, considerando os últimos cinco anos, a Sabesp teve um lucro de mais de R$ 6,6 bilhões. E se parte desse dinheiro tivesse sido investido na proteção e recuperação das nossas fontes de água? Mais do que recursos, talvez falte vontade política para preservar e recuperar nossos mananciais.
CLIQUE AQUI e leia o sumário executivo do estudo Mananciais Paulistas como Prioridade na Agenda Pública: Identificação de Áreas Críticas e Recomendações de Intervenção
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