26/04/2023

O evento “Adaptação climática e resiliência: o desafio de proteção dos mananciais paulistas” aconteceu durante a Conferência da Água da ONU, realizada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com o Mandato Parlamentar da Dep. Marina Helou, coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista em defesa das Águas e do Saneamento, e com apoio do Observatório de Governança das Águas, trouxe a esperança de que a partir de monitoramento e estudos é possível criar políticas públicas a favor da segurança hídrica para os mananciais da macrometrópole paulista.

Durante o debate foi abordado a importância da discussão sobre água, pois há mais de 50 anos não se discute o tema a nível internacional. A Dep. Marina Helou destacou a transversalidade do tema que vai além do saneamento básico e engloba questões de saúde pública, moradia e gênero para a nossa sociedade.

“A água é vital para a vida, para a vida na terra. Precisamos da água para sobreviver e não temos olhado para a água com a prioridade que ela deveria ter a partir desta perspectiva do tema” 

Marina Helou.

O projeto

O objetivo desta iniciativa é viabilizar e operar um sistema de monitoramento de desmatamento de ponta nas bacias hidrográficas da Macrometrópole Paulista, composta por 174 municípios, uma área de 59.923km² e 30,8 milhões de habitantes (75% do estado de São Paulo).

“O Sistema de monitoramento vem em um momento importante, que já passa pelos desafios e extremos climáticos, ocasionados pelas mudanças climáticas, e se torna uma ferramenta extremamente útil”, diz Flávio Montiel representando o Observatório das Águas (OGA). 

Comprometimento

Através desta iniciativa de monitoramento das águas dos mananciais da Macrometrópole de São Paulo o IDS firma o compromisso com a ONU e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 

• ODS 6 – Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos –  uma vez que a iniciativa visa um maior cuidado e proteção da água nas bacias hidrográficas, a fim de proporcionar segurança hídrica, água em quantidade e qualidade suficientes para o abastecimento humano, além de outras atividades. 
•  ODS 15  – Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação e deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade –  uma vez que o uso do solo será monitorado, principalmente o desmatamento, em áreas-chave (as bacias hidrográficas).
• ODS 16 – Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar acesso à justiça para todos e construir instituições efetivas, responsáveis ​​e inclusivas em todos os níveis – uma vez que a iniciativa busca fortalecer as instituições públicas e promover uma abordagem proativa entre a sociedade civil e poder local, pois é desenvolvido em parceria com o Legislativo e o Executivo do estado de São Paulo, vislumbrando uma nova governança mais ágil e efetiva às questões envolvidas no projeto. Além desses quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas interligações representadas nos desafios da governança federativa no Brasil e na complexidade das áreas de bacias hidrográficas, mesclando água e solo, desmatamento e qualidade da água;
•  ODS 11 – Tornar cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis – uma vez que mitigar os impactos negativos de posseiros nessas regiões críticas de produção de água também é fundamental para o sucesso deste projeto.

Veja como foi o evento: https://www.idsbrasil.org/noticias/ids-promovera-evento-paralelo-na-conferencia-das-aguas-da-onu/

Onde tudo começou: Mananciais Paulistas como prioridade na agenda pública: identificação de áreas prioritárias