22/08/2019

 Encontrar novas maneiras sustentáveis de desenvolvimento é o grande desafio desta década e, repensar a maneira como consumimos é uma excelente forma de solucionarmos problemas relacionados ao desperdício e o descarte de resíduos sólidos, tudo isso através da economia circular e solidária.

Pensando nisso, o GT da Agenda 2030, em parceria com o IDS e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária organizaram em Belo Horizonte nesta quarta-feira (21/08), o I Seminário e Debate Público sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária. 

O objetivo do encontro foi debater mecanismos para que possamos alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 (Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis) da Agenda 2030, que prevê em sua resolução “evitar o que causa desperdício, o volume exagerado de lixo e o uso de recursos naturais maior do que o necessário. E assim produzir e consumir apenas o que necessitamos para interferir positivamente nas nossas cidades e nosso planeta”, que, por sua vez, vai de encontro aos valores da economia solidária.

“Economia solidária é uma forma de corrente do bem. Uma modalidade que deve ser encarada como inovação pela capacidade de gerar trabalho e inclusão, que integra quem produz, quem vende, quem troca e quem compra os produtos que fazem parte de toda cadeia. E a Agenda 2030 nos chama a atenção e nos pede isso: para que alimentemos e cultivemos o respeito à natureza, à cooperação e ao comércio justo, por exemplo, pondo fim ao abuso de recursos naturais – que são findáveis – e ao volume de lixo que geramos pelo consumo desenfreado – forma dominante que empregamos na atualidade”, explica Francisca Maria da Silva, representante da coordenação do FBES, uma das organizações associadas ao GT Agenda 2030.

O evento realizado em BH faz parte de uma série de atividades promovidas pelo Gt da Agenda 2030 em parceria com organizações da sociedade civil de todo o Brasil, que tem o objetivo de pautar o debate público sobre o uso de recursos e implementação dos ODS a níveis municipais, estaduais e nacional. 

Assim como prevê o Pacto Federativo, a descentralização de poder para a aplicação de políticas públicas é fundamental para o desenvolvimento sustentável da nação. 

“As pessoas estão nas cidades, por isso as políticas precisam ser aplicadas e desenvolvidas a partir de uma visão micro, local, e a partir daí se expandir para o resto do país. É de responsabilidade das prefeituras incentivar a criação de projetos de economia circular e solidária em seus municípios”, enfatizou Carolina Mattar, coordenadora executiva do IDS.

Assista ao vídeo completo do seminário: