23/02/2022
Tornar as finanças verdes – isto é, atribuir a ativos, operações, atividades e investimentos financeiros a expectativa de que promovam benefícios ambientais – é uma das principais apostas de governos, empresas e organismos multilaterais para financiar a transição a uma economia sustentável.
A convite do CEBRAP, o IDS participou na manhã de hoje (23) de um debate importante sobre a contribuição do universo financeiro à transição verde que é fundamental e envolve desafios tais como definir os papeis dos setores público e privado no financiamento da transição e estabelecer quais atividades devem ser entendidas como “verdes” – questões que se abrem a diferentes visões científicas, econômicas e políticas.
“Diálogos sobre as finanças verdes: os desafios para o financiamento de uma transição verde justa no Brasil” contou a presença de Marcela Moraes, assessora de advocacy do IDS, que comentou sobre a importância de criarmos no Brasil uma taxonomia verde pública, uma classificação das atividades econômicas que seja referência para a definição do que são as atividades que criam impactos positivos e geram riscos para o meio ambiente. “Durante o debate, defendi que a taxonomia verde pode ser um parâmetro tanto para as finanças sustentáveis quanto para o setor público, ou seja, para a definição de renúncias fiscais, investimentos e créditos oferecidos por instituições financeiras públicas”, afirmou.
Marcela destacou ainda outro ponto importante é que o processo de discussão de uma taxonomia verde deve ser democrático, envolvendo órgãos públicos, setores econômicos e também acadêmicos e organizações da sociedade civil.
O evento convidou diversos atores dos setores público e privado, da sociedade civil e da academia para debater os potenciais e os limites de instrumentos financeiros verdes como forma de direcionamento do financiamento privado e público para a transição a uma economia efetivamente sustentável no Brasil, de forma democrática e justa.
Acompanhe o debate aqui:
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Com informações do CEBRAP
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