O principal manancial do Distrito Federal, responsável pelo abastecimento de 65% da sua população, passa por desafios estruturantes. De um lado as recentes crises hídricas e as alterações das chuvas naquele território. De outro lado a disputa pelo uso da água, uma vez que a Caesb, empresa de saneamento, capta água do Descoberto para o abastecimento urbano, ao mesmo tempo que os agricultores da área precisam deste recurso natural para sua produção. Para compreender essa realidade e propor caminhos, o IDS junto com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), e com apoio da ONU Meio Ambiente, desenvolveram uma proposta de desenvolvimento rural sustentável para a bacia do Descoberto, considerando investimentos em infraestrutura verde e manejo adequado do solo, incentivando a produção agrícola e atividades de turismo em bases sustentáveis.

O custo inicial para a implementação dessa estratégia foi estimado em R$539 milhões para os próximos dez anos. E o trabalho também identificou um conjunto de fontes de receitas para viabilizar essa transição, desde recursos internacionais, investimento público, instrumentos tributários como o ICMS ecológico, pagamento por serviços ambientais, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos e a tarifa da Caesb.

PROPOSTA DE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL PARA A BACIA DO DESCOBERTO